Nesta Quinta-Feira Santa, para os católicos, não é apenas um dia de folga ou feriado; é um momento de profunda reflexão e celebração, marcando o início do Tríduo Pascal, um período sagrado que nos convida a mergulhar na memória dos eventos que transformaram o mundo. O padre Cléber Bugnago Rosa, dedicado à coordenação de pastoral da Arquidiocese de Campo Grande , enfatiza que este é um dia de oração e contemplação, uma oportunidade para recordar os ensinamentos e o sacrifício de Jesus Cristo.
Segundo o padre Cléber, o Tríduo Pascal é a semana mais significativa para os cristãos católicos. É um tempo para absorver os ensinamentos de Jesus, não apenas teoricamente, mas através dos gestos concretos que Ele realizou, especialmente evidenciados na Quinta-Feira Santa, seguidos pela Sexta-Feira da Paixão e culminando na ressurreição gloriosa celebrada no Sábado Santo e Domingo de Páscoa.
Neste contexto, a Quinta-Feira Santa assume um papel especial, com a celebração presidida pelo Bispo Dom Dimas Lara Barbosa, marcada pela bênção do Óleo do Crisma, utilizado em diversos sacramentos da Igreja Católica, e pela renovação dos compromissos sacerdotais pelos padres. É um momento de profunda reverência e comprometimento espiritual para todos os envolvidos.
À noite, inicia-se em todas as partes do mundo o Tríduo Pascal com a Missa da Ceia do Senhor, conhecida como a instituição da Eucaristia. Este é um momento crucial em que a comunidade católica relembra o gesto de partilha de Jesus com seus discípulos, quando Ele partiu o pão e compartilhou o cálice, instituindo assim a Santa Eucaristia como memorial de seu sacrifício.
Além disso, durante esta celebração, ocorre o tocante rito do Lava-Pés, no qual o celebrante, seguindo o exemplo de humildade de Jesus, lava os pés de doze pessoas selecionadas. É um lembrete poderoso do serviço desinteressado e da humildade que todos os seguidores de Cristo são chamados a praticar em suas vidas.
O padre Cléber enfatiza a importância de participar plenamente do Tríduo Pascal, comparecendo às celebrações na quinta, sexta e sábado, para uma experiência litúrgica completa. Na Sexta-Feira Santa, a Igreja não celebra missa, mas sim a comovente Celebração da Paixão, momento de contemplação profunda do sacrifício de Cristo e adoração à Cruz.
O Tríduo Pascal chega ao seu ápice com a Missa do Sábado Santo e culmina com a alegria radiante do Domingo de Páscoa, quando celebramos a ressurreição de Cristo. É um tempo de esperança renovada e fé fortalecida, lembrando-nos de que, assim como Cristo venceu a morte, também nós podemos alcançar a vida eterna por meio dele.
Enquanto nos envolvemos nessas celebrações sagradas, o padre Cléber nos lembra que não há mal em desfrutar das tradições culturais da Páscoa, como os ovos de chocolate e as brincadeiras de caça aos doces, que promovem a união e a alegria entre as famílias.
Vivianne Nunes