Campo Grande , 22 de novembro de 2024

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Soroterapia: alívio para dores e fibromialgia

Técnica reduz as dores, a fadiga e melhora significativamente a vida de quem sofre com a doença

A suave claridade penetra a janela e anuncia o amanhecer de mais uma segunda-feira. Você sorri para o novo dia e quando se move para sair da cama, uma dor intensa percorre todo o seu corpo, impossibilitando até os mais simples movimentos. A cena descrita faz parte do cotidiano de milhões de pessoas afetadas pela fibromialgia em todo o mundo. No Brasil, cerca de 2,5% da população sofrem com a doença. A cada 10 casos, 8 a 9 são mulheres e embora possa surgir em todas as idades, é mais frequente na faixa etária dos 30 aos 60 anos.

 A origem da fibromialgia ainda não é clara, mas acredita-se que seja uma combinação de fatores genéticos, biológicos, psicológicos e ambientais. Já os sintomas são bem conhecidos, os mais comuns são as dores musculares generalizadas que podem se estender por semanas ou até meses, fadiga, rigidez articular, distúrbios do sono, dores de cabeça, ansiedade e depressão, sendo esta um fator preocupante na fibromialgia, já que aflige cerca de 50% dos pacientes.

Ainda não há cura para a fibromialgia, mas uma terapia já utilizada para outras patologias pode trazer alívio significativo aos pacientes: a soroterapia. O tratamento utiliza soros para a reposição de vitaminas, minerais, aminoácidos diretamente na veia para melhorar a resposta do corpo a doenças autoimunes e inflamatórias. A soroterapia pode ser administrada por via intravenosa ou subcutânea, dependendo da doença e das necessidades do paciente, sendo recomendada para quem não tem boa resposta aos tratamentos orais. 

A reposição endovenosa de minerais, vitaminas e aminoácidos, entre outros nutrientes, proporciona a distribuição mais rápida e eficiente do que o organismo precisa, devolvendo saúde, disposição, bom-humor, imunidade e prevenção.

Mas como funciona?

Conforme a profissional de odontologia estética, Dra. Patrícia Jodas, o primeiro passo é uma bateria de exames que deve ser solicitada pelo profissional durante a consulta clínica. Essas amostras são essenciais para identificar as deficiências e necessidades do organismo do paciente. Depois, com os resultados em mãos, é possível montar um protocolo personalizado. Ela destaca, também, que local de aplicação depende de cada substância. Algumas podem ser misturadas ao soro fisiológico e aplicadas na veia, outras requerem aplicação intramuscular e algumas podem ser administradas oralmente. 

Se a escolha de cada soro varia conforme a pessoa, a duração do tratamento também. Para a suplementação vitamínica – coadjuvante associado ao tratamento estético – por exemplo, leva-se em torno de 4 a 6 semanas. Já para objetivos de longo prazo, como pacientes pós-bariátrica, fibromialgias, doenças autoimunes, auxílio no emagrecimento, ganho de massa ou para diminuir a ansiedade, anemias e outras intervenções, a duração vai depender da resposta do organismo do paciente. 

Resultados

Sofrendo por conta da insônia e o nervosismo, José Wilson O. da Silva (36), encontrou a solução na soroterapia. Atendido pela Dra. Jodas, ele conta que já na primeira aplicação sentiu a diferença. As noites mal dormidas foram embora, assim como o stress durante o dia, que se reduziu consideravelmente. Uma das vantagens, segundo José Wilson, é a rapidez das aplicações, que levam pouco mais de uma hora e são muito tranquilas e práticas. “Estou muito satisfeito. Hoje tenho qualidade de vida e sono melhor, graças a soroterapia” enfatiza o paciente, que perguntado se voltaria a utilizar o método futuramente, garantiu com um sono sim!

Recomendação

Indicada para todas as idades e para diversos casos relacionados a deficiências nutricionais e intoxicação ou apenas como prevenção às doenças, a soroterapia é uma forma de suplementação extremamente segura e eficaz. Vale ressaltar, ainda, que a soroterapia é um método atenuante para a fibromialgia, que visa melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Como em qualquer tratamento médico, é essencial que os pacientes discutam as opções com seus médicos e decidam juntos qual é a melhor abordagem para cada caso.

Odirley Deotti
Fotos: Divulgação

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