Procon-MS fez mais de 9.700 atendimento de janeiro a junho. (Foto: Edemir Rodrigues)
De janeiro a junho deste ano, os serviços financeiros foram os campeões de reclamações junto ao Procon/MS. O levantamento da entidade apontou que, no semestre, mais de 35% das queixas formalizadas pelos canais de atendimento envolveram problemas com cartões de crédito, financiamento e outros produtos financeiros. Telefonia, com 10,7% foi o segundo, enquanto serviços essenciais (energia, água e gás) abrangeram juntos 7,1%.
Em números, o Procon/MS fez 9.712 atendimentos no período. Foram 3.441 (35,43%) associados a casos envolvendo cartões, financiamentos, contratos de crédito, seguro, entre outros. Ou seja, pouco mais de 3 a cada 10 consumidores acionou seus direitos por cobranças indevidas, falhas em contrato ou na oferta de produtos financeiros.
Cartões de crédito, débito e de lojas se destacaram no âmbito financeiro com 1.315 reclamações no semestre (38,21%).
De acordo com Nilza Yamasaki, secretária-executiva do Procon/MS, destaca que o fornecedor deve ser claro durante a venda dos produtos financeiros, esclarecendo qualquer dúvida do consumidor antes da formalização do contrato.
Dados fornecidos pela Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) em maio mostram que a maior fonte de endividamento dos campo-grandenses é o cartão de crédito. Cerca de 70,1% assumiram ter descontrolado o uso do produto. Em seguida estão carnês de cobrança (17,4%) e crédito pessoal (11%).
“O consumidor precisa estar atento ao seu limite de renda, necessidade do produto ou serviço, assim como as condições da oferta e taxas aplicadas. Dessa forma, pode-se evitar um superendividamento no futuro”, enfatiza Nilza. “Recomendamos ainda que os documentos do negócio firmado sejam preservados para embasar uma reclamação”.
Central de informações
Em casos onde o consumidor tenha dúvidas ou queira denunciar um estabelecimento, o Procon/MS dispõe dos canais de atendimento Disque Denúncia 151 e formulário de reclamação disponível no site www.procon.ms.gov.br. Todos os casos são avaliados e fiscalizados, conforme a legislação vigente.
Odirley Deotti
