O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou uma queda na inflação oficial, alcançando 0,51% em maio deste ano. Esse número é inferior ao registrado em abril, que foi de 0,57%, e também em relação ao mesmo período do ano passado, quando ficou em 0,59%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado de maio, a prévia da inflação oficial acumula uma variação de 3,12% em 2023. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a taxa caiu de 4,16% em abril para 4,07% em maio.
Os vilões da inflação
Entre os grupos de despesa pesquisados pelo IPCA-15, sete apresentaram alta de preços, com destaque para os segmentos de saúde e cuidados pessoais, e alimentação e bebidas.
No setor de saúde e cuidados pessoais, os preços dos produtos farmacêuticos tiveram um aumento de 2,68%, ainda refletindo o reajuste de 5,60% nos medicamentos implementado a partir de 31 de março. Já os itens de higiene pessoal apresentaram um aumento de 1,38%, e os perfumes se destacaram nessa categoria, com uma alta de 2,21%.
No caso dos alimentos, a inflação acelerou em relação à prévia de abril, que havia sido de apenas 0,04%. Em maio, houve um aumento de 0,94%, impulsionado por produtos como tomate (18,82%), batata-inglesa (6,60%), leite longa vida (6,03%) e queijo (2,42%).
Outros grupos que apresentaram inflação foram habitação (0,43%), despesas pessoais (0,40%), vestuário (0,35%), educação (0,07%) e comunicação (0,02%).
O que baixou?
No entanto, alguns grupos de despesas apresentaram deflação, contribuindo para a queda da inflação no período. O destaque fica por conta do setor de transportes, que passou de uma inflação de 1,44% na prévia do mês anterior para uma deflação de 0,04% em maio.
As passagens aéreas foram o item individual que mais impactou na queda da inflação, registrando uma redução de 17,26%. Os preços dos combustíveis também influenciaram o resultado, com quedas como óleo diesel (-2,76%), gás veicular (-0,44%) e gasolina (-0,21%).
Além disso, o grupo de artigos de residência apresentou uma deflação de 0,28% no período.
Com a desaceleração da inflação em maio, é possível que o Banco Central reavalie suas políticas monetárias, buscando o equilíbrio entre o controle da inflação e o estímulo ao crescimento econômico. A expectativa agora está voltada para os próximos meses e como a inflação se comportará diante das diferentes variáveis que impactam a economia do país.
Agência Brasil
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado