Presidente da ALEMS argumenta que a unificação do calendário eleitoral municipal, estadual e nacional reduziria custos e evitaria entraves administrativos causados pelas eleições a cada dois anos
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), deputado Gerson Claro (PP), defendeu a unificação das eleições no Brasil, desde vereadores até o Presidente da República, durante entrevista concedida em Sidrolândia. O parlamentar ressaltou que o processo democrático no país está consolidado, especialmente com o uso de urnas eletrônicas, que ele considera seguras e imunes a fraudes.
Atualmente, duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs) tramitam no Congresso Nacional com o objetivo de unificar o calendário eleitoral. Segundo Claro, a mudança só poderia ser implementada a partir de 2028, para evitar a prorrogação de mandatos, como ocorreu em 1982. Para isso, prefeitos e vereadores eleitos naquele ano teriam mandatos de seis anos, de forma excepcional.
Gerson Claro argumenta que a unificação reduziria significativamente os custos eleitorais e acabaria com o que ele chama de “perenidade eleitoral”, já que, atualmente, eleições ocorrem a cada dois anos, prejudicando o planejamento administrativo. “Em ano de eleição há uma série de limitações para as transferências de recursos voluntárias via convênios”, destacou o deputado. Ele também mencionou que o custo das eleições de 2024 está projetado em R$ 11 bilhões, reforçando a necessidade de mudança.
Em relação a uma possível confusão dos eleitores diante de um número maior de candidatos, especialmente com duas vagas ao Senado em disputa, Claro afirma que esse argumento perdeu força com a popularização das redes sociais. Segundo ele, o acesso rápido à informação nessas plataformas, além da cobertura dos meios de comunicação tradicionais, permite que a população se informe adequadamente sobre os candidatos.
Fonte: ALEMS
Foto: Carlos Godoy