O Batalhão de Polícia Militar Ambiental (PMA) deu início à operação Semana Santa nesta quarta-feira (5) ao meio-dia. O objetivo é reforçar a fiscalização nos rios próximos à Semana Santa, pois muitos pescadores praticam pesca nos finais de semana anteriores para consumo no período Santo, devido à tradição religiosa de se consumir peixe.
Na semana passada, a PMA intensificou a fiscalização nos rios e autuou três pescadores por pesca ilegal no fim de semana. Durante o feriado prolongado da Semana Santa é esperado um aumento significativo no número de pescadores, incluindo turistas de fora e do estado. Por isso, a fiscalização precisa estar presente para prevenir a pesca predatória, principalmente nos locais onde há concentração de cardumes.
Até o término da operação, previsto para segunda-feira, dia 10, serão utilizados 310 policiais. Além da fiscalização nos rios, haverá também fiscalização em todas as atividades que trabalhem com recursos pesqueiros nativos. O objetivo é reduzir o número de autuações por crimes e infrações ambientais.
No ano passado (2022), a operação Semana Santa resultou na autuação de 30 pessoas e multa de R$ 77.000,00. Dentre os autuados, 21 foram por pesca ilegal e 210 kg de pescado apreendidos. A meta é reduzir esses números neste ano, por meio da presença ostensiva e da orientação dos policiais sobre as normas e leis ambientais.
Petrechos ilegais nos rios
Uma das preocupações da PMA é a retirada de petrechos ilegais dos rios, pois o uso desses equipamentos proibidos, como redes de pesca, espinhéis, anzóis de galho e tarrafas, tem um alto poder de captura e depredação de cardumes. Os policiais terão atenção especial a essa questão durante a operação Semana Santa.
A fiscalização e a retirada desses petrechos precisam ser constantes para evitar a mortandade dos peixes. Os pescadores costumam armá-los na madrugada e conferir apenas na ausência da fiscalização, dificultando a prisão dos infratores. Mesmo quando os criminosos não vão conferir, esses materiais continuam matando peixes, causando danos ambientais.
Na operação de 2022 foram apreendidas 33 redes de pesca, o que mostra a importância da retirada desses equipamentos ilegais. Com a atuação da Polícia Militar Ambiental, espera-se reduzir o uso de petrechos proibidos.
Odirley Deotti
com informações AsseCom PMA
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