O milho safrinha teve um salto de produtividade nos últimos anos em Mato Grosso do Sul, chegando a média de 90 sacas por hectare, graças principalmente as pesquisas e adoção de novas tecnologias por parte dos produtores.
A afirmação foi feita pelo secretário-executivo de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Rogério Beretta, que participou da abertura do 17º Seminário Nacional do Milho Safrinha, na terça-feira (28).
O evento que segue até o dia 30, está reunindo pesquisadores, especialistas e líderes renomados do setor produtivo, no Shopping Bosque do Ipês, em Campo Grande. A realização é da Fundação MS e co-realização da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul – Aprosoja/MS,e tem como tema central “preservar e produzir”.
Beretta destacou a relevância do evento debatendo a cultura do milho e elogiou a pesquisa do Estado.
“Quando comecei aqui no Estado há muitos anos, a produção era de 30 a 35 sacas de milho e hoje vemos a cultura com produção de 90 sacas em média por ha. Por isso quando vemos o desenvolvmento da tecnologia e variedades, temos que agradecer as fundações e Embrapas por este trabalho no Estado”, salientou.
Ele lembrou que o MS teve um crescimento significativo na área de soja e milho segunda safra.
“O crescimento vem tanto de área plantada de soja e milho segunda safra, de 5% a 6% ao ano, e temos previsão de mais 6% na soja, para o próximo ano o que mostra que temos um grande potencial de elevar a area de plantio de milho. O Governo aposta muito nisso. Por isso garante aportes a Fundação MS em Maracaju e a Fundação Chapadão para trazer tudo que foi pesquisado das culturas para ser apresentada, demonstrada nestes eventos. Temos um compromisso dos pesquisadores como o bem maior que a tecnologia e o apoio do Governo”, pontuou.
O secretário ressaltou o compromisso da Semadesc em incentivar a sustentabilidade na produção de milho para ter ganhos para o produtor e agregar valor ao produto.
“O Governo também tem buscado a atração de investimentos com a instalação de usinas de etanol de milho, a agregação e investimento em Ciência e Tecnologia por meio da Fundect, que tem papel importantissimo neste cenário de desenvolvimento de pesquisas”, acrescentou.
Já o presidente da Aprosoja/MS, Andre Dobashi, ressaltou as ações assertivas no segmento. “Com o avanço da biotecnologia aliado às técnicas de cultivo assertivas adotadas pelos produtores sul-mato-grossenses, o milho deixou de ser considerado como safrinha e passou a ocupar lugar de destaque na economia do estado e do país. Por isso, olhar para a cultura com uma visão estratégica, no que se refere à aspectos técnicos e de gestão, é fundamental para uma maior rentabilidade e viabilidade dessa produção”, explicou Dobashi.
O evento
Pela primeira vez em Campo Grande, a 17ª edição do Seminário Nacional de Milho Safrinha abordará assuntos relevantes para a cadeia produtiva, focando em soluções precisas para a cultura.
O seminário conectará profissionais e produtores em debates sobre gestão de custos, manejo da fertilidade do solo em diferentes ambientes, adoção de biológicos, sistemas integrados de produção, métodos de controle de patógenos e doenças, unindo a teoria com a prática.
Agência de Noticias do MS
Fotos: Bruno Rezende