Operação cumpriu seis mandados de busca e apreensão na Câmara Municipal de Ponta Porã e na residência dos envolvidos
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (7) em Ponta Porã, na fronteira do Estado com o Paraguai, a Operação Bárbaros, que visa reprimir crimes de invasão de terras da União, corrupção, advocacia administrativa, tráfico de influência, falsidade documental e estelionato envolvendo vereador, assessores parlamentares e ex-vereador da Câmara Municipal.
Segundo informações divulgadas pela Polícia Federal, as investigações tiveram início logo após a fiscalização promovida pela Superintendência do Patrimônio da União de Mato Grosso do Sul, vinculada ao Ministério da Economia, na qual foram constatadas ocupações irregulares em imóveis de propriedade da União localizadas no município.
No total, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão na Câmara Municipal de Ponta Porã e em residências de alvos da Operação. Também foram cumpridas medidas cautelares de suspensão do exercício da função parlamentar, por 180 dias, e proibição de contato e aproximação de um dos investigados com os servidores da Superintendência do Patrimônio da União de MS.
A Operação Bárbaros contou com quarenta Policiais Federais, das delegacias de Ponta Porã, Dourados e Campo Grande, além da participação de integrantes do Grupo de Pronta Intervenção (GPI) da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul.
O balanço da operação será divulgado logo mais a tarde, por meio de nota oficial.
O nome da operação remonta à época do Império Romano em que os povos denominados “bárbaros” não falavam o idioma grego e nem compartilhavam da mesma cultura e modo de organização da sociedade grega. Habitavam o norte da Europa, em uma região conhecida como Germânia, sendo que, a partir do século III d.C., começaram a migrar e invadir as terras do Império Romano do Ocidente.