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Mural “Entrelinhas” celebra identidade fronteiriça em Ponta Porã

  • Postado em 17 junho 2023
  • Categorias:Cidades

A artista e professora Angela Silva concluiu a pintura de um mural de 166 metros quadrados no campus do IFMS em Ponta Porã, como forma de representar a identidade fronteiriça da cidade. Intitulada “Entrelinhas”, a obra, iniciada em março, será lançada na última semana de junho. O projeto recebeu apoio do Fundo de Investimentos Culturais (FIC), promovido pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, através da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania, com o apoio da UFMS.

O mural “Entrelinhas” se tornou uma peça central da paisagem do campus, visível para quem chega ou sai da cidade pela BR-463. Com cores vibrantes e traços meticulosos, a obra captura a essência da vida cotidiana, tradições, cultura e diversidade da região.

A concepção do mural teve início há três anos, após a experiência da artista com o muralismo mexicano. Angela participou de um evento na Cidade do México em 2020 e dedicou-se à pintura no Equador por 10 meses em 2021. Essas vivências despertaram sua compreensão de que a arte é uma possibilidade válida de estudo e profissionalização, entendendo o mural como uma forma de contar histórias e estabelecer uma conversa coletiva através de imagens.

O desenho do mural incorpora elementos simbólicos relacionados às respostas obtidas durante uma investigação realizada no final de 2022, que incluiu questionários respondidos pela comunidade e entrevistas com cinco pessoas de destaque no setor cultural da região fronteiriça.

“Vivo em Ponta Porã desde 2005 e percebo diversas peculiaridades presentes na forma de se relacionar com o espaço e com as pessoas. É bastante comum a fala de que há uma identidade de fronteira, mas para mim essa identidade sempre foi um mistério. Algo invisível, que sabemos a presença ainda que o olhar e as palavras não deem conta de alcançar. A suspeita de que com elementos de imagem poderia ampliar, por meio dessa conversa que um mural pode promover, a percepção dessa presença invisível que nos faz únicos enquanto comunidade que transita entre nações me levou a construir a proposta do projeto”, conta Angela.

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