Campo Grande , 21 de novembro de 2024

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Multa por rompimento de barragem no Nasa Park pode passar dos R$ 732 milhões

Proprietário de barragem foi notificado desde 2019, aponta Imasul. (Foto: Divulgação)

Multa no valor de R$ 732,5 milhões foi emitida pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) ao condomínio onde a barragem está instalada. Contudo, os valores ainda podem subir, levando em conta que ainda estão sendo feitos levantamentos sobre os danos totais registrados. O proprietário da barragem na divisa dos municípios de Campo Grande e Jaraguari já vinha sendo notificado desde 2019 pelo órgão em função de algumas irregularidades, mas não tomou nenhuma providência. A informação é do diretor-presidente do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), André Borges.

Segundo o representante do órgão, não houve nenhum evento climático crítico ou chuva excessiva nos últimos dias que justifique o rompimento da barragem, o que aumenta a crença em uma falha estrutural devido à falta de manutenção.

Ainda segundo informações do Imasul, ao longo dos anos, o responsável recebeu várias notificações que exigiam a regularização, a apresentação de um Plano de Segurança de Barragem e um Plano de Ação de Emergência. Além disso, bombeiros confirmaram que a vistoria estava irregular. Agora o Imasul trabalha para dimensionar os danos ambientais para solicitar reparação.

Segundo Borges, as causas do rompimento ainda vão ser apuradas, no entanto é possível observar que ela rompeu bem ao centro. Agora o responsável técnico da construção da barragem precisa ser identificado.

O levantamento da extensão do dano também está sendo feito, com a apuração da biodiversidade e também dos imóveis atingidos pelo incidente. “A estimativa é que entre hoje e amanhã nós possamos concluir os relatórios e gerar o auto de infração”, afirmou o diretor-presidente.

A área atingida pelo rompimento do reservatório pode ter chegado a 8 quilômetros. A água encontrou o barramento na própria rodovia, que acabou segurando um pouco a força da corrente e ajudou a diminuir os estragos mais adiante. Segundo Borges, a parte de baixo da rodovia tem umas áreas de várzea e a água acabou se dissipando por ali.

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