Campo Grande , 23 de novembro de 2024

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MSGÁS planeja expandir fronteira de energia renovável com biometano

Empresa investe em tecnologia e infraestrutura para impulsionar produção e distribuição do combustível limpo e renovável.

A MSGÁS, empresa com ampla experiência no mercado de gás natural, está planejando ampliar seu foco para a energia renovável, com destaque para o biometano. A empresa enxerga o biometano como uma fonte estratégica de energia limpa e renovável. Mato Grosso do Sul foi escolhido como um dos “corredores verdes” da política nacional para o setor devido ao seu potencial na produção de biogás, e a MSGÁS já está trabalhando na busca de combustíveis alternativos.

O biometano é produzido por meio de um processo de purificação do biogás, que é liberado da decomposição de rejeitos orgânicos vegetais, animais ou urbanos. É um combustível limpo, econômico e renovável, e sua utilização contribui para a redução das emissões de gases poluentes, conhecidos como gases de efeito estufa (GEE). Além disso, o biometano auxilia na diminuição do lixo gerado diariamente, oferecendo um direcionamento adequado e útil para os resíduos orgânicos.

O diretor-presidente da companhia, Rui Pires dos Santos, destaca que o gás natural, o gás natural veicular, o biometano e o biogás são fontes alternativas de energia renovável que estão crescendo, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Essas fontes de energia mais limpa têm impactos positivos no meio ambiente, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa, e também contribuem para a diminuição do volume de resíduos diários. Em Mato Grosso do Sul, as principais fontes de biogás são os setores sucroalcooleiro e a suinocultura, demonstrando o potencial do Estado para a produção de biometano.

Pires dos Santos ressalta que a adoção de fontes de energia renováveis é um desafio global, que envolve tanto aspectos ambientais quanto econômicos, afetando a indústria, o transporte pesado e a produção de alimentos. O biometano representa uma oportunidade de combustível limpo, redução das emissões de gases de efeito estufa e fornecimento de energia para a agroindústria e outras atividades produtivas e comerciais. Essa transição para fontes de energia renováveis traz benefícios sociais, ambientais e econômicos.

A MSGÁS está em diálogo com órgãos do Governo do Estado para discutir os cenários da era do “combustível verde” e os impactos dos investimentos públicos e privados. Mato Grosso do Sul é um importante aliado na descarbonização da matriz energética, de acordo com o mapa do Ministério das Minas e Energia, que prevê investimentos de R$ 7 bilhões em plantas de biometano.

A empresa planeja investir em tecnologia e utilizar sua expertise no mercado de gás natural para expandir sua atuação no segmento de biometano. Um dos desafios é conectar as fontes de produção de energia renovável, como os geradores de biogás e os “gasodutos virtuais”, que permitem o transporte do gás comprimido ou liquefeito. Essa iniciativa faz parte do plano de expansão do suprimento de gás natural da MSGÁS, visando ampliar a oferta de gás natural veicular (GNV) e gás natural comprimido (GNC) para a indústria e o comércio.

De acordo com estudos do Ministério das Minas e Energia, estados como São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul têm o potencial de produzir 2,3 milhões de metros cúbicos de biometano por dia até 2027. Esse volume seria suficiente para abastecer mais de 900 mil veículos leves por ano, evitando a emissão de quase 2 milhões de toneladas de carbono na atmosfera.

A MSGÁS vê as novas regras e a política de fomento do Governo Federal, como a Estratégia Federal de Incentivo ao Uso Sustentável de Biogás e Biometano, como importantes incentivos para o desenvolvimento do setor. No entanto, são necessários investimentos em diversos setores, desde a obtenção do biogás até sua purificação e distribuição como biometano.

Em Mato Grosso do Sul, uma usina em Ivinhema já produz 4,2 milhões de metros cúbicos de biogás, que é convertido em energia térmica e utilizado para geração de energia elétrica. Após o processo de purificação, são gerados 2,3 milhões de metros cúbicos de biometano, que substituem o óleo diesel nos veículos industriais. Produtores incentivados pelo programa Leitão Vida, do Governo do Estado, também utilizam o biogás para suprir a demanda por energia. Espera-se que outras políticas de incentivo sejam alinhadas e estendidas aos produtores agrícolas, impulsionando a transição para o uso de combustíveis de origem orgânica.

Legislação
O gás natural e o biometano foram equiparados pela Lei do Gás (Lei 14.134/2021) e no Decreto do Gás (Decreto 10.712 de junho de 2021). Os incentivos ao uso do biogás e do biometano foram reforçados com a publicação do Decreto 11.003 de 21 de março de 2022, que instituiu a Estratégia Federal de Incentivo ao Uso Sustentável de Biogás e Biometano. Na esteira do Decreto 11.003, foram publicadas a Portaria do Ministério do Meio Ambiente (MMA) 71, que instituiu o Programa Metano Zero (Programa Nacional de Redução de Emissões de Metano), e a Portaria Normativa do Ministério de Minas e Energia (MME) 37, que inclui projetos de produção de biometano no rol do Reidi (Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura).

com informações da Assessoria
Foto: Divulgação/MSGÁS

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