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MIS exibe filmes japoneses em mês alusivo a imigração japonesa no Brasil

  • Postado em 14 junho 2023
  • Categorias:Guia Mais

Durante o mês de junho, alusivo a imigração japonesa no Brasil, o Museu da Imagem e do Som (MIS), exibe os filmes “Para sempre uma mulher”, de de Kinuyo Tanaka, e “Drive My Car”, de Ryusuke Hamaguchi. 

As exibições estão previstas para esta quinta-feira (15) e sexta-feira (16) com entrada gratuita, a partir das 19h. As ocasiões também irão dispor de debates sobre a mostra que homenageia os dois cineastas, ambos representantes de duas gerações relevantes na cinematografia nipônica. 

A curadoria estará a cargo de Júlio Bezerra (UFMS) e Celso Higa (IHGMS). O evento faz parte da retomada do CineMIS, sendo direcionado para acadêmicos, cinéfilos e pessoas interessadas no assunto. A edição vai contar com debate e a presença dos curadores e pesquisadores.

O projeto CineMIS volta ao formato presencial, trazendo para exibição importantes obras com curadoria, mediação e debate com antigos e novos parceiros. O projeto teve início em 2014, e volta agora ao formato presencial, apresentando duas exibições nesta edição, um filme clássico e outro contemporâneo sobre questões de gênero e de relacionamentos, produzidos por importantes diretores no Japão.

Filmes

Para Sempre Uma Mulher (JP, 1h 50min / Drama, Romance) / Direção: Kinuyo Tanaka

Sinopse: Hokkaido, norte do Japão. Fumiko vive um casamento infeliz. O seu único consolo são os seus dois filhos e um clube de poesia que revela ser a sua principal escapatória, permitindo visitas à cidade. Aí encontra Taku Hori, o marido da sua amiga Kinuko que, como ela, escreve poemas. Fumiko sente-se cada vez mais atraída por ele, porém é diagnosticada com cancro da mama. Enquanto os seus poemas são publicados, ela sujeita-se a passar por uma mastectomia. A jovem mulher descobre, então, a paixão por um jornalista que vem visitá-la ao hospital.

Drive My Car (JP, 2h 57min / Drama, Romance) / Direção: Ryūsuke Hamaguchi

Sinopse: Em Drive My Car, adaptado de um conto de Haruki Murakami, o filme segue duas pessoas solitárias que encontram coragem para enfrentar o seu passado. Yusuke Kafuku (Hidetoshi Nishijima) é um ator e diretor de sucesso no teatro, casado com Oto (Reika Kirishima), uma mulher muito bonita, porém também uma roteirista com muitos segredos, com que divide sua vida, seu passado e colaboração artística. Quando Oto morre repentinamente, Kafuku é deixado com muitas perguntas sem respostas de seu relacionamento com ela e arrependimento de nunca conseguir compreendê-la completamente. Dois anos depois, ainda sem conseguir sair do luto, ele aceita dirigir uma peça no teatro de Hiroshima, embarcando em seu precioso carro Saab 900. Lá, ele conhece e tem que lidar com Misaki Watari (Toko Miura), uma jovem chauffeur, com que tem que deixar o carro. Apesar de suas dúvidas iniciais, uma relação muito especial se desenvolve entre os dois.

Sobre os Curadores

Celso Higa, 68, campo-grandense, engenheiro eletricista, economista e pesquisador regional associado ao Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul – IHGMS (Cadeira nº 5 – patrono: Emílio Schnoor). Pesquisa assuntos ligados às ferrovias, imigração japonesa, gibis, cinemas, figuras populares da cidade, Música Popular Brasileira – MPB e outros temas.

Júlio Bezerra é Professor dos cursos de Jornalismo e de Audiovisual e do PPGCOM da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Doutor em Comunicação e Cinema pelo PPGCOM da UFF (2013), e mestre em Comunicação e Cultura pela ECO-UFRJ (2008). Realizou pesquisa de pós-doutorado na ECO-UFRJ sobre cinema contemporâneo, fenomenologia e o corpo. Fez estágio pós-doutoral na Columbia University (2015-2016). Atua principalmente em temas relacionados à cinema contemporâneo, história e teoria do cinema e documentário.

Os curadores contam que receberam o convite do MIS com bastante apreço, principalmente Higa, pois o cinema sempre foi algo que ocupou espaço em sua vida em MS. Desde as sessões de cinema japonês no Santa Helena, o qual reunia a comunidade nipônica que se instalou em Campo Grande, às buscas por clássicos nas lojas especializadas da Capital, Higa sempre se interessou pelo cinema como um contato com outras culturas e realidades, inclusive a japonesa.

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