Polícia Federal abre investigação sobre o caso; governo reafirma compromisso com os direitos das mulheres
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu na noite desta sexta-feira (6) o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, após denúncias de assédio sexual. A decisão foi anunciada pelo Palácio do Planalto por meio de um comunicado oficial, que destacou a gravidade das acusações.
A Polícia Federal já abriu investigação sobre o caso, e a Comissão de Ética Pública da Presidência da República iniciou um procedimento preliminar para esclarecer os fatos. Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência, “o presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo” devido à natureza das acusações.
O governo também reafirmou seu compromisso com os direitos humanos e enfatizou que “nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”.
Investigação e repercussão
As acusações contra Silvio Almeida vieram a público através do portal Metrópoles, e a organização Me Too confirmou que está dando suporte a mulheres que alegam ter sido vítimas de assédio. Entre as supostas vítimas estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, embora ela ainda não tenha se pronunciado.
Almeida foi convocado a prestar esclarecimentos às autoridades, e o caso segue sendo tratado com “rigor e celeridade”, segundo o governo federal.
Carreira e impacto
Silvio Almeida, que ocupava o cargo desde janeiro de 2023, é advogado, professor universitário e autor de obras importantes sobre direito, filosofia e racismo estrutural. Sua demissão ocorre em um momento de grande impacto para o governo, que lida com a gravidade das denúncias e as investigações em curso.
Fonte: Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
