O Tribunal do Júri da 1ª Vara de Campo Grande proferiu nesta quarta-feira (19) uma sentença histórica, condenando Jamil Name Filho, conhecido como Jamilzinho, a 23 anos e seis meses de prisão. O herdeiro do clã Name, temido e amado, foi considerado o mandante do brutal assassinato do estudante de Direito Matheus Coutinho Xavier, ocorrido em 9 de abril de 2019, no Bairro Bela Vista.
Além de Jamilzinho, Marcelo Rios, ex-guarda municipal, também foi condenado a pena de prisão pela execução do jovem. O Ministério Público de Mato Grosso do Sul apresentou provas de que Rios desempenhou o papel de intermediário no fuzilamento do rapaz em frente à sua casa.
Vladenilson Daniel Olmedo, apontado como capanga de Jamilzinho, também foi condenado a 21 anos e 6 meses pelo corpo de jurados, sendo responsabilizado por sua participação no crime.
O julgamento, que teve início na segunda-feira (17) pela manhã, estendeu-se até a noite de quarta-feira (19) e atraiu grande atenção do público.
Jamilzinho, que já foi apontado como mandante de outros dois assassinatos, poderá enfrentar outro julgamento, desta vez relacionado ao caso de Marcel Colombo, conhecido como Playboy da Mansão.
A Operação Omertá, conduzida pela Polícia Civil, desempenhou papel crucial na investigação do caso, revelando conversas telemáticas de Jamilzinho que o implicavam diretamente na trama. Durante o julgamento, ele admitiu ter ingerido álcool e medicamentos antes de fazer algumas declarações, mas o júri não aceitou suas justificativas.
As penas estabelecidas foram: 20 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado e 3 anos e 6 meses por posse ilegal de arma de fogo para Jamilzinho; 18 anos pela morte de Matheus Xavier e 3 anos e 6 meses pelo porte do fuzil para Vladenilson Daniel Olmedo; e 18 anos pelo homicídio duplamente qualificado, 1 ano e 6 meses por receptação e 3 anos e 6 meses por posse ilegal de arma de fogo para Marcelo Rios.
Jamilzinho já soma 46 anos e 10 meses de condenação com essa nova sentença, tendo sido condenado anteriormente por outras acusações no contexto da Operação Omertá.
O assassinato de Matheus Coutinho Xavier desencadeou uma série de investigações que culminaram na Operação Omertá. A execução por engano foi um dos eventos cruciais que facilitaram o trabalho das equipes de investigação.
Agora, a família Name enfrenta o desafio de lidar com as consequências dessas condenações, enquanto Jamilzinho promete recorrer da sentença.