Campo Grande , 20 de novembro de 2024

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Instituto Homem Pantaneiro alerta sobre nível crítico do rio Miranda

Expedição com instituições parceiras identifica degradação severa em trechos do rio, destacando urgência de medidas

O Instituto Homem Pantaneiro (IHP), em parceria com diversas instituições, está chamando atenção para a situação crítica do rio Miranda, um dos principais afluentes do rio Paraguai e vital para o Pantanal. Durante uma expedição realizada no dia 5 de setembro de 2024, foi constatada a degradação severa em várias áreas, com trechos onde a lâmina d’água está abaixo de 50 cm, uma queda significativa em relação aos 5 metros registrados anteriormente. Ao longo de 70 km da nascente, foram identificados 53 hectares de passivos ambientais que necessitam de recuperação.

A expedição contou com a participação do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Miranda, Ministério Público Estadual, Polícia Militar Ambiental, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), entre outros. Segundo os biólogos Sérgio Barreto e Wener Hugo Moreno, do IHP, a ausência de áreas de preservação permanente (APP) está contribuindo para o assoreamento e degradação do rio. “Sem vegetação para proteger as margens, o rio perde profundidade e os proprietários de terras sofrem prejuízos com a perda de áreas devido à erosão”, destacou Moreno.

Eduardo Foley Coelho, presidente do Comitê de Bacia e do IASB, ressaltou a necessidade de um esforço coletivo para reverter o quadro. “Queremos sensibilizar a sociedade civil, governos e usuários para tomarmos medidas urgentes”, afirmou.

O Ministério Público Estadual, representado pelo promotor Allan Carlos Cobacho do Prado, reforçou a preocupação com os efeitos da estiagem e destacou a parceria com a Guarda Mirim Ambiental de Jardim para a recuperação de áreas degradadas. A educação ambiental também foi enfatizada como um pilar importante, com a participação de 60 crianças na expedição, segundo Nisroque da Silva Soares, do Instituto Guarda Mirim Ambiental.

A professora da UEMS, Cristiane Dambrós, ressaltou a coleta de dados sobre a poluição e o assoreamento intensificado no leito do rio, observando que o processo de erosão já formou bancos de areia consolidados, sinalizando um estágio avançado de degradação.

Fonte/Fotos: IHP

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