O governo federal revelou, nesta segunda-feira (26), um ambicioso plano para distribuir botijões de gás a mais de 20 milhões de famílias até dezembro de 2025. A iniciativa faz parte da nova Política Nacional de Transição Energética, lançada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que enfatizou a importância do setor energético para as políticas sociais do país.
Lula Defende papel estratégico do Estado
Durante a cerimônia de lançamento, Lula destacou a relevância da transição energética para o desenvolvimento do Brasil. “A transição energética representa oportunidade que o país não pode perder”, afirmou. O presidente criticou a privatização da Eletrobras, chamando-a de “crime de lesa-pátria” e argumentou que o Estado deve desempenhar um papel ativo nas funções sociais, garantindo acesso a bens essenciais como o gás.
“Eu não quero Estado máximo nem Estado mínimo. Eu quero um Estado que cumpre com a sua função de Estado”, declarou Lula, expressando sua frustração com a forma como a privatização foi conduzida.
Gás para todos: um novo programa
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enfatizou que o programa “Gás para Todos” é o maior do mundo em termos de acesso ao cozimento limpo. “Vamos impulsionar o cozimento limpo e a substituição da lenha”, disse Silveira. O programa visa combater a pobreza energética e assegurar que o gás de cozinha se torne parte da cesta básica de milhões de brasileiros.
Impacto econômico e ambiental
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que a transição energética trará benefícios econômicos, especialmente na agricultura, indústria e negócios, além de contribuir para a reforma tributária. Lula também mencionou a importância de atualizar a política de mineração para aproveitar melhor os minerais críticos e promover o crescimento econômico.
Política Nacional de Transição Energética
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a Política Nacional de Transição Energética (PNTE) visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover a sustentabilidade. A política foi aprovada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e prevê a atração de R$ 2 trilhões em investimentos na economia verde ao longo dos próximos 10 anos, gerando cerca de 3 milhões de empregos.
Instrumentos de implementação
A PNTE será implementada através de dois instrumentos principais: o Fórum Nacional de Transição Energética (Fonte) e o Plano Nacional de Transição Energética (Plante). O Fonte permitirá um diálogo contínuo entre diversos setores, enquanto o Plante oferecerá um plano de ação abrangente, abordando desde setores industriais e transportes até marcos legais e regulação.
Diretrizes e futuro
O ministro ressaltou que a PNTE estabelece diretrizes para a transição energética, reafirmando o compromisso do governo com a redução das emissões e a geração de oportunidades de emprego. “É o renascimento da indústria do Brasil em bases sustentáveis”, concluiu o ministro.
Fonte: Agência Brasil
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