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Febre Oropouche: dicas essenciais para prevenção e cuidados

  • Postado em 20 agosto 2024
  • Categorias:Cidades

Doença viral transmitida pelo mosquito ‘maruim’ requer atenção especial, principalmente de gestantes

A Febre Oropouche, uma arbovirose transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido popularmente como ‘maruim’ ou ‘mosquito-pólvora’, tem gerado preocupação devido aos sintomas semelhantes aos da Dengue e Chikungunya. Para evitar a disseminação dessa doença, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) tem reforçado medidas simples de prevenção que podem ser adotadas no dia a dia, visando proteger a saúde das famílias e reduzir os riscos de infecção.

Sintomas e orientações

Jéssica Klener, gerente de Doenças Endêmicas da SES, alerta que os sintomas da Febre Oropouche incluem dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. “Não existe tratamento específico para a Febre Oropouche. Os pacientes devem permanecer em repouso, receber tratamento sintomático e manter uma boa hidratação. Caso os sintomas sejam observados, a população deve procurar uma unidade de saúde”, orienta.

Cuidados com a gestação

A médica infectologista Andyane Tetila destaca a importância da prevenção, especialmente para gestantes, que podem enfrentar complicações em caso de infecção. “As medidas de prevenção precisam ser otimizadas, principalmente evitando picadas pelo mosquito transmissor. Gestantes devem usar repelentes especiais, roupas compridas de cor clara, mosquiteiros e telas nas residências”, explica.

Embora os estudos sobre os efeitos do vírus em gestantes ainda sejam limitados, é essencial adotar medidas preventivas e relatar qualquer sintoma suspeito ao médico responsável pela gestação.

Controle do mosquito transmissor

Para o controle do vetor, estão em andamento estudos sobre o controle químico, mas a SES reforça a importância das medidas mecânicas. “A limpeza dos quintais e áreas de criação de animais, com a eliminação de matéria orgânica do solo, é fundamental”, diz Andyane. Além disso, o controle de outros vetores, como o mosquito da Dengue e Chikungunya, também é crucial, incluindo o uso de inseticidas, vedação de caixas d’água e eliminação de recipientes que acumulam água.

Recomendações para áreas de risco

Jéssica Klener alerta para os cuidados adicionais em áreas de risco. “É recomendado evitar locais de mata e beiras de rios, especialmente entre 9 horas e 16 horas, quando o mosquito está mais ativo. Para indivíduos suspeitos de Febre Oropouche, o uso de medidas de proteção individual, como repelente e mosquiteiros, é fundamental para evitar a transmissão vetorial durante o período de viremia”, conclui.

Com a adoção dessas medidas simples, a população pode reduzir significativamente o risco de infecção pela Febre Oropouche, protegendo a saúde de toda a comunidade, especialmente a das gestantes.

Fonte: Comunicação SES
Foto: Flávio Carvalho/WMP Brasil/Fiocruz

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