Nesta segunda-feira (5), é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente, um momento de reflexão e conscientização sobre o que se tem feito ao redor do planeta em prol do meio ambiente e a conservação de espécies. Em Campo Grande, o Bioparque Pantanal, ponto turístico que recebe diferentes públicos, reforça diariamente com seus visitantes a temática da educação ambiental e desenvolve, nos bastidores, o trabalho de conservação de espécies.
Conforme explica Heriberto Gimênes Junior, biólogo e curador do Bioparque, o complexo além der ser um espaço de lazer, é um local de conhecimento. Uma das premissas dos aquários modernos é justamente trabalhar a pesquisa científica em conjunto com o empreendimento.
“Nosso papel é justamente conhecer, preencher lacunas de informações acerca das espécies ameaçadas de extinção, contribuindo como outros biomas, não só o Pantanal. Com base nisso, podemos listar quais são as espécies que necessitam de mais atenção, quais as espécies que podem desaparecer no futuro e como podemos evitar que isso aconteça”.
Ainda segundo o especialista, com a criação de protocolos, existe a possibilidade de prevenir o impacto ambiental causado pela construção de uma hidrelétrica, por exemplo. “Se tivermos um banco genético, matrizes, podemos fazer o repovoamento”, pontua.
O trabalho de conservação no Bioparque tem se mostrado positivo, com um ano e dois meses de inauguração, o empreendimento já conta com 43 espécies reproduzidas, nove delas inéditas no Brasil, e nove no mundo. Dessas espécies, duas estão ameaçadas de extinção, o cascudo-viola e o axolote.
O Bioparque é o único aquário público que detém espécies exclusivas de peixes neotropicais no mundo, incluindo o maior acervo de cascudos, espécies oriundas do Pantanal e Amazônia. Por conta disso, foi criado o Centro de Conservação de peixes Neotropicais (CPPN Bioparque Pantanal). O espaço é destinado à criação de protocolos eficazes para a conservação da diversidade de peixes de água doce, seja considerando linhagens com espécies em elevado risco de extinção, potenciais espécies ameaçadas e até mesmo espécies oriundas de diferentes bacias hidrográficas brasileiras.
De acordo com a diretora-geral do local, Maria Fernanda Balestieri, o objetivo do empreendimento é transmitir conhecimento e contribuir para a transformação da relação das pessoas com a natureza, transformando o meio ambiente e a sociedade a partir dos hábitos das pessoas. “No Bioparque Pantanal, buscamos sensibilizar para conscientizar nossos visitantes sobre a causa ambiental, fazendo com que eles saiam do passeio querendo fazer parte da solução dos problemas ambientais. Para tanto, desenvolvemos ações e projetos para agregar conhecimento.” destaca Balestieri.
Educação ambiental
Com a preocupação de formar indivíduos envolvidos com as questões ambientais, o Bioparque Pantanal conta com o NEA (Núcleo de Educação Ambiental), formado por professores que desenvolvem atividades lúdicas e educativas para os estudantes que visitam o complexo. O núcleo atua nos espaços de produção e potencialização científica do Bioparque, como a Bancada Multimídia, Biblioteca, Laboratório, entre outros.
O núcleo lançou materiais lúdico-pedagógicos voltado às crianças e aos jovens que visitam o complexo. O primeiro deles foi o Caderno do Clubinho Pantaneiros, que contempla os animais que vivem no Bioparque, a cultura local e os próprios personagens do Clubinho, a fim de sensibilizar o público infanto-juvenil sobre a preservação ambiental.
Estudantes que passam pelo complexo também tem acesso ao Alfabeto do Clubinho Pantaneiros, nele cada imagem foi pensada para relacionar as letras do alfabeto com a turma do Clubinho e com a ictiofauna pantaneira visualizada durante o percurso no Bioparque, a fim de auxiliar os professores em atividades de sala de aula e o público a reconhecer a variedade da fauna e flora do Pantanal Sul-Mato-Grossense.
com informações da Assessoria
Fotos: Divulgação/Bioparque Pantanal
