Com 27 mandados de busca e apreensão cumpridos em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pará, o Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), deflagrou hoje a Operação Alumina, contra fraudes tributárias que desviaram mais de R$ 400 milhões dos cofres públicos.
Informações reveladas em coletiva de imprensa indicam que a organização lesou os cofres públicos em aproximadamente R$ 180 milhões e o patrimônio público federal em cerca de R$ 250 milhões.
De acordo com as informações da polícia, a quadrilha usava empresas laranjas para o caso de serem responsabilizadas por eventuais autuações fiscais, o que dificultaria a identificação dos autores pelas fraudes.
Atuaram na operação 110 policiais civis, 43 auditores-fiscais e analistas-tributários da Receita Federal, nove auditores e fiscais da Receita Estadual do Mato Grosso do Sul e membros do Ministério Público Estadual.
Durante a coletiva de imprensa a delegada e diretora do Dracco, Ana Cláudia Medina, informou que uma empresa do ramo de sucatas e alumínio industrializados de Paranaíba, no interior de MS, de propriedade de uma família [pais e filhos] simulava o recolhimento dos impostos.
De acordo com ela, havia um núcleo operacional da organização criminosa montada para as fraudes tributárias e era responsável pela constituição das empresas de fachada, pelo recrutamento de laranjas e pela logística para colocar o esquema em prática.
Os envolvidos poderão responder por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, crime contra a ordem tributária e organização criminosa, com penas que podem chegar a 28 anos de prisão.
Vivianne Nunes