Dores extremas localizadas no punho, dores que aumentam ao flexionar ou segurar algo. Esses são os sintomas dos pacientes com o chamado cisto oculto, ou cisto sinovial, um tumor dentro do punho e que nem sempre é aparente, mas pode ser sentido. Quem fala sobre esse assunto é o médico especialista em mãos, o ortopedista Felipe Roth. Segundo ele, uma ressonância magnética pode identificar a situação.
O cisto oculto da mão é uma condição comum que pode afetar a função e o conforto. De acordo com o médico especialista, esse cisto é uma bolsa cheia de líquido que se forma perto das articulações, causando inchaço e pressão sobre os nervos e tendões. Embora possa desaparecer sozinho, muitas vezes requer intervenção médica para prevenir danos permanentes.
“Como cirurgião da mão, posso ajudar a diagnosticar e tratar essa condição de forma eficaz. Com o tratamento adequado podemos recuperar a saúde e funcionalidade das mãos”, afirmou.
O que pode causar cisto sinovial? Não se sabe ao certo qual a origem do cisto sinovial, mas de acordo com especialistas é que pequenas lesões da cápsula articular, provocadas por traumas, movimento e esforço repetitivo, podem causar o extravasamento do líquido sinovial para fora da articulação, formando o cisto.
Emanuelli Ramos da Silveira, 38 anos, é professora de Educação Física. Ela já tinha tratado um cisto antes de fazer a cirurgia, mas na ocasião, apenas um procedimento de consultório havia resolvido seu problemas, mas já havia sido alertada pelo médico da época que ele poderia voltar. E foi o que aconteceu logo depois de dois anos.
“Comecei a sentir dor na mão próxima ao pulso quando pedalava. Fazia sempre isso aos finais de semana, além de alguns exercícios na academia. Depois de mais ou menos 7 meses comecei a sentir fortes dores na mão, de perder o movimento, dependendo do jeito que eu pegava um copo ou algo pesado. Sentia uma dor insuportável, os dedos ficavam sem mexer esticados. Só voltava depois que eu fazia muita massagem”, contou a professora.
Segundo ela, que não gosta de ficar tomando remédio para dor, apelava para a medicação somente quando não passava mesmo com a massagem. “Eu já sabia que o cisto tinha voltado e fui procurar um especialista na área que me indicou o doutor Felipe. Fiz os exames e ele disse que tinha que ser cirúrgico, pois estava grande e para dentro do pulso, diferente do outro que tive que tinha um calombo no pulso e que podia ser visível a olho nu. Dessa vez eu tinha uma bolinha pequena que aparecia um pouco, somente quando dobrava o pulso”, contou.
Segundo a paciente, a cirurgia, realizada em maio, foi muito tranquila e a recuperação bem rápida. Agora, ela cumpre com rigor o calendário de fisioterapia e já até voltou para a academia, “com ressalvas” , pois recuperação plena somente depois de seis semanas.
Vivianne Nunes