Nesta segunda-feira (24), equipes da Coordenadoria de Controle Zoonoses (CCZ) deram início a uma ação de bloqueio contra a raiva na Região do Bairro Amambaí. A medida foi tomada após a confirmação de mais um morcego positivo para a doença, tornando-se o sexto caso registrado neste ano na Capital.
A ação consiste na vacinação de animais de estimação ainda não imunizados contra a raiva e na orientação dos moradores sobre os cuidados necessários. A coordenadora da CCZ, médica veterinária Cláudia Macedo, destaca a importância de receber os agentes e manter a vacinação dos animais para evitar a doença.
A raiva é uma zoonose letal, podendo afetar tanto animais quanto seres humanos. A transmissão ocorre principalmente por meio de mordidas, lambidas ou machucados causados por mamíferos contaminados, incluindo morcegos, cães e gatos. A vacinação é a única forma de proteção contra a doença, que é fatal em todos os casos.
O último caso de raiva humana em Campo Grande foi registrado em 1968, e o último surto em cães e gatos ocorreu em 1988. Apesar de não haver novos casos em cães e gatos há mais de uma década, a vacinação antirrábica é obrigatória em todo o território nacional.
Neste ano, foi iniciada a Campanha Anual de Vacinação Antirrábica em Campo Grande, com o objetivo de imunizar 80% da população estimada de cães e gatos, garantindo o controle da doença na região. A vacinação é gratuita e protege os animais contra a raiva.
As equipes percorrerão todas as regiões urbanas e distritos do município para realizar a vacinação e o censo de animais simultaneamente. Os tutores devem lembrar que cães e gatos com pelo menos três meses de idade e em bom estado de saúde podem receber a vacina antirrábica.
A coordenadora enfatiza que a colaboração de todos é essencial para garantir a saúde pública. Caso a equipe não encontre o tutor em casa, será deixado um comunicado para que o animal seja levado ao CCZ para a aplicação da vacina.
A Raiva é transmitida principalmente pela saliva de animais infectados, como morcegos. A vacinação de cães e gatos é fundamental, já que esses animais podem entrar em contato com morcegos contaminados. Caso um morcego seja encontrado vivo ou morto em situação anormal, é necessário entrar em contato com o CCZ para recolhimento. Nunca toque ou deixe crianças e animais domésticos terem contato com morcegos ou outros animais silvestres.
Orientações
Ao encontrar um morcego na residência ou quintal (vivo ou morto), a pessoa deve isolar o animal com um pano, balde ou caixa sobre ele, e entrar em contato com o CCZ pelo telefone(67) 3313-5001. É necessário ainda evitar que os animais de estimação tenham contato com o morcego.
Se uma pessoa entrar em contato direto com morcego ou for mordido por algum animal doméstico, ou silvestre, deve procurar, imediatamente, a unidade de pronto atendimento (UPA/CRS) mais próxima.
Serviço
O CCZ está localizado na Avenida Filinto Müller, 1601 – Vila Ipiranga.
Telefone: (67) 3313-5001
Odirley Deotti