Famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos recebem o acréscimo na primeira parcela de junho
Nesta quarta-feira (21), a Caixa Econômica Federal realizará o pagamento da parcela de junho do novo Bolsa Família aos beneficiários que possuem Número de Inscrição Social (NIS) terminado em 3. Essa será a primeira parcela a incluir o novo adicional de R$ 50 destinado às famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos.
Desde março, o programa Bolsa Família já concedia um adicional de R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos. Com a adição do novo benefício, o valor total do auxílio pode chegar a R$ 900 para aqueles que se enquadram nos critérios para receber ambos os adicionais.
O valor mínimo garantido é de R$ 600, porém, com a implementação do novo adicional, a média do benefício chega a R$ 705,40, tornando-se o valor mais alto na história do programa. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social estima que, neste mês, o programa de transferência de renda do Governo Federal atenderá a 21,2 milhões de famílias, com um investimento total de R$ 14,97 bilhões.
Desde o início deste ano, o programa social voltou a ser chamado de Bolsa Família. A garantia do valor mínimo de R$ 600 foi estabelecida após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, que permitiu um gasto adicional de até R$ 145 bilhões, fora do teto de gastos, para este ano, sendo que R$ 70 bilhões estão destinados ao custeio do benefício.
Outra novidade do programa é o início da regra de proteção, implementada em junho. Agora, mesmo se a família conseguir um emprego e melhorar sua renda, poderá permanecer no programa por até dois anos, desde que cada integrante receba até meio salário mínimo. Nesse caso, o benefício será reduzido para 50% do valor total.
O pagamento do adicional de R$ 150 foi iniciado em março, após o governo realizar uma revisão minuciosa do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com o objetivo de eliminar fraudes. De acordo com o último balanço divulgado em abril, aproximadamente 2,7 milhões de pessoas com inconsistências no cadastro tiveram o benefício suspenso.
Apesar do corte, foi concedido um prazo de 60 dias para que cerca de 1,2 milhão de pessoas que se cadastraram como famílias unipessoais no segundo semestre do ano passado regularizem sua situação e comprovem os requisitos para retornar ao programa. A principal exigência é que a família possua uma renda mensal de até R$ 218 por pessoa, calculada a partir da divisão da renda total pelo número de membros familiares.
Além disso, o Auxílio Gás também será pago nesta quarta-feira às famílias cadastradas no CadÚnico com NIS final 3. Em junho, o benefício tem o valor de R$ 109 e segue o calendário do Bolsa Família. Houve uma redução no valor em comparação a abril, devido à recente diminuição no preço do botijão.
Com previsão de duração até o final de 2026, o programa beneficia neste mês 5,62 milhões de famílias. Com a aprovação da Emenda Constitucional da Transição e da medida provisória do Novo Bolsa Família, o benefício será mantido em 100% do preço médio do botijão de 13 kg até o final deste ano.
Apenas aqueles incluídos no CadÚnico e que possuam pelo menos um membro da família recebendo o Benefício de Prestação Continuada (BPC) têm direito ao Auxílio Gás. A lei que criou o programa estabelece que mulheres responsáveis pelas famílias têm preferência, assim como as vítimas de violência doméstica.
Agência Brasil
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