Campo Grande , 21 de novembro de 2024

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Brasil integra projeto com supertelescópio para mapear o céu por 10 anos

Parceria envolve 170 pesquisadores brasileiros no projeto LSST, que utilizará um supertelescópio no Chile para captar imagens detalhadas do Hemisfério Sul.

O Brasil está integrado a um dos maiores projetos da astronomia moderna, o Legacy Survey of Space and Time (LSST), que utilizará um supertelescópio para mapear o céu do Hemisfério Sul ao longo de 10 anos. O projeto, com investimento de US$ 1 bilhão, conta com a participação dos Estados Unidos, Chile e 43 grupos de pesquisa internacionais.

A participação brasileira é coordenada pelo Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LineA), que firmou um acordo de cooperação científica até 2038 com o SLAC National Accelerator Laboratory, associado à Universidade Stanford. Esse acordo permitirá a participação de 170 pesquisadores brasileiros, sendo 80% deles jovens cientistas, além de estudantes e técnicos de 26 instituições de ensino.

O supertelescópio, instalado no Cerro Pachón, Chile, possui um espelho de 8,4 metros de diâmetro e uma câmera digital ultradefinida de 3,2 bilhões de pixels, a maior do mundo. A missão do LSST, liderada pelo Observatório Vera C. Rubin, é realizar um levantamento fotométrico detalhado do Hemisfério Sul, observando cada posição do céu mil vezes ao longo de 10 anos. O objetivo principal é explorar a energia escura, um dos maiores mistérios da física moderna.

Brasil integra projeto com supertelescópio para mapear o céu por 10 anos. NASA, ESA, and M. Livio and the Hubble 20th Anniversary Team (STScI)
NASA, ESA, and M. Livio and the Hubble 20th Anniversary Team (STScI)

A contrapartida brasileira inclui a gestão de um centro de dados especializado em armazenamento e processamento das informações geradas pelo LSST. Esse centro, denominado Independent Data Access Center (IDAC), faz parte de uma rede mundial de centros de dados. O astrofísico Luiz Nicolaci da Costa, diretor do LineA, destaca que o projeto oferece uma oportunidade única para o Brasil participar de uma iniciativa de ponta e desenvolver novas soluções em Big Data e inteligência artificial.

Além de ampliar o conhecimento sobre o universo, o LSST redefine a maneira como os dados astronômicos são analisados e interpretados, colocando o Brasil em uma posição privilegiada na vanguarda da pesquisa astronômica global.

Fonte: Agência Brasil
Foto: NASA, ESA, and M. Livio and the Hubble 20th Anniversary Team (STScI)

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