A Fifa anunciou nesta semana as quatro candidaturas finalistas para sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027, entre elas o Brasil. Também estão na disputa a África do Sul, uma proposta conjunta de Bélgica, Países Baixos e Alemanha, bem como uma proposta conjunta de México e Estados Unidos.
“Estamos entusiasmados com as manifestações de interesse recebidas, até porque vêm de associações-membro com uma forte tradição futebolística que representam quatro confederações, confirmando assim a popularidade consistente do futebol feminino em todo o mundo”, afirmou Fatma Samoura, secretária-geral da Fifa.
Agora, as confederações interessadas em receber o Mundial devem preencher um formulário até o dia 19 de maio. Durante o tour da taça da competição, o Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, manifestou apoio público ao Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, para que o país possa receber o torneio. Ednaldo Rodrigues também falou sobre a importância da realização do evento para o futebol feminino brasileiro: “Receber a Copa do Mundo faz parte do nosso projeto de crescer cada vez mais o futebol feminino pelo país, que é um dos pilares da minha gestão”.
Seleção Brasileira
A seleção brasileira feminina de futebol vem subindo no ranking da FIFA ano a ano. Desde a primeira Copa do Mundo Feminina de Futebol, realizada em 1991, o Brasil chega às fases de mata-mata como candidato ao título, mas esbarra em equipes com mais tradição. Mesmo tendo Marta como destaque e maior jogadora de todos os tempos na modalidade, a melhor colocação da seleção foi em 2007, na China, quando terminou como vice-campeã, perdendo a final para a Alemanha por 2 a 0. Em outras oportunidades, a equipe brasileira alcançou as quartas de final (1991, 1995, 2003 e 2015), terceiro lugar em 1999 e as oitavas de final (2019).
Copa do Mundo 2023
Neste ano, Austrália e Nova Zelândia dividirão a função de sede da nona edição da Copa do Mundo FIFA de Futebol Feminino, que está prevista para acontecer entre os dias 20 de julho e 20 de agosto. O Brasil está no Grupo F, junto de Jamaica, Panamá e França e novamente chega com possibilidades, sob o comando da técnica sueca Pia Sundhage. A equipe vem animada após mais um título na Copa América Feminina de 2022, quando venceu a final contra a Colômbia por 1×0, em julho do ano passado. Na ocasião, além de comemorar o oitavo título sul-americano, a seleção garantiu vaga para o Mundial de 2023 e os Jogos Olímpicos de 2024.
Odirley Deotti
Foto: Thais Magalhães/CBF