O Brasil continua a se destacar como um grande player na produção agrícola global, com o crescimento robusto do setor em Mato Grosso do Sul como uma prova concreta desse sucesso. Alessandro Coelho, presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG), destacou essa realidade durante a abertura do Interagro 2024, realizada na noite desta quinta-feira (20) em Campo Grande, MS. Ele ressaltou o aumento de 32% no PIB de Mato Grosso do Sul em 2023, o maior entre todos os estados brasileiros, impulsionado pela expansão de diversas cadeias produtivas e pelo apoio de políticas públicas eficazes, como incentivos fiscais e linhas de crédito do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO).
“O cenário atual nos faz refletir sobre a força e a resiliência do agronegócio brasileiro. O setor, que enfrentou e superou a crise da Covid-19, agora se reergue após a recente tragédia no Rio Grande do Sul. No entanto, uma certeza prevalece: o agro resistirá mais uma vez. Mais do que uma atividade econômica, o agro se afirma como a espinha dorsal do Brasil, sustentando a nação e projetando um futuro de inovação, sustentabilidade e compromisso,” destacou Coelho.
Ele também sublinhou que o Interagro 2024, além de ser uma celebração do setor, serve como um palco para discutir e promover práticas sustentáveis. Nesta edição, o evento se destaca por se tornar oficialmente carbono neutro, refletindo o compromisso do Sindicato Rural com a responsabilidade social e a meta de tornar o estado carbono neutro até 2030.
O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, abordou a expansão da agricultura de grãos, especialmente em áreas de pastagem degradada, onde há espaço limitado para novos desmatamentos. Ele reforçou que o governo está empenhado em alcançar o desmatamento ilegal zero, sem abrir mão das conquistas do Código Florestal. “Respeitaremos a lei e o Código Florestal. Se houver licença para desmatar e o Cadastro Ambiental Rural (CAR) indicar que a propriedade possui espaço para isso, o desmatamento é autorizado. Precisamos ser claros e assertivos: o que é legal deve ser respeitado. Mudanças devem ocorrer através do Congresso Nacional, e não do Executivo,” afirmou Riedel, destacando a importância de um discurso ambiental firme e responsável.
Para Frederico Stella, diretor-tesoureiro do Sistema Famasul, o desenvolvimento do setor depende diretamente de iniciativas como o Interagro. “Este é um ano para sacudir a poeira e olhar para o futuro. Um evento como este é essencial, pois traz conhecimento, e o conhecimento é a chave para a evolução e o sucesso. Nós, produtores rurais, somos sustentáveis. Fazemos o dever de casa. Um programa piloto, inspirado no Soja Plus, está sendo implementado em propriedades rurais para medir a sustentabilidade de nossa produção. Os primeiros resultados são animadores, e estamos prestes a comprovar, com números, que somos realmente sustentáveis. Isso é uma notícia fantástica que ninguém poderá negar,” afirmou.
Augusto César Merey Vilhalba, Superintendente da Rede em MS da Caixa Econômica Federal, assegurou que a instituição está comprometida em apoiar o agronegócio em tempos desafiadores. “Sabemos que o momento é desafiador. A Caixa está atuando com toda a equipe agro para oferecer novas linhas de crédito. Assim que os recursos forem disponibilizados, estaremos prontos para trabalhar com os sindicatos e oferecer soluções que ajudem o setor a continuar crescendo. Contem sempre com a Caixa,” garantiu.